29.5.07

Ela vem chegando...

Eu já havia escrito sobre todas as gigs que o (recentemente) batizado “Um Quarto” ou ¼ (ou “um quartinho” mesmo... rsrs) – que é formado por Kut Beck (bateria), Rodrigo Munhoz (saxes soprano e tenor), Andreas “Gringo” (guitarra) e eu (baixo) – toca na casa Rosa aos domingos. Falei de Bandalha, Aragão, Sandrinho Black, Outros Baianos, mas ainda não tinha falado da “gig-mãe”: o Zazueira.

Com o cantor, compositor e violonista Dudu Coquero à frente, o Zazueira foi a primeira gig que montamos para tocar na Casa Rosa. Na época, eu, Gringo e Kut estávamos “órfãos” da “A Família”, banda de apoio do projeto solo/pop do cantor-irmão Moyséis Marques, que havia encerrado suas operações. O Kut ainda tinha a Nataraj, que estava na ativa, mas eu e Gringo estávamos no estaleiro.

Após bate-papos intermináveis em mesas e balcões de bar da cidade, eu e Gringo resolvemos montar uma gig nova para tomar de assalto o segundo tempo da feijoada do Projeto Raízes, no qual o Guimerá – produtor e chef do feijão – já havia tentado emplacar o pessoal do O Baque, além de outras bandas, que não faziam a feijoada fluir até mais tarde. Daí nasceu o Zazueira...

Porém, o início foi pra lá tortuoso: não tínhamos “um som” para tocar. Eram apenas uma velha e enferrujada mesa de som, um power que falhava, além de uma única caixa de som. Nós tínhamos que carregar tudo, montar, operar, passar o som... Não tinha técnico. Mas a fome de música da galera era tanta que isso nem importava...

E o povo foi chegando: a cada domingo, o final da feijoada era recheado de Benjor, Djavan, Gil, entre outros mestres. E foi bombando... E a galera gostando... Mas, a fome era tanta que acabamos perdendo nosso dominguinho fixo pelos quinzenalmente alternados, pois também não estávamos nos agüentando mais... rsrsrs

Foram surgindo outras gigs por necessidade das mesmas, já que haviam perdido integrantes, e fomos sendo recrutados. Gringo invadiu os Outros Baianos. Eu invadi o Bandalha. E fomos levando todo mundo para a Rosa. Montamos com o Sandrinho, daí veio, Rodrigo, Aragão, Pacato, Mará... Virou festa... E a Rosa hoje já é nossa!

Disse tudo isso para chegar no seguinte ponto: o show com o Zazueira no domingo passado mostrou que apesar de ser a mais antiga, mais cansada, mais necessitada de cuidados, é a GIG! Botamos o público no bolso com um repertório pra lá de batido (pra gente). Foi foda ver o público cantando tudo com vontade, de peito cheio... Gastamos uma lombra (sic)...

É isso... Sem mais delongas: longa vida ao Zazueira!

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