30.5.07

Ela merece! Ela merece!

“Após inúmeras tentativas, consegui te achar.
Estavas escondida atrás de um véu,
Que neblinava seu rosto,
Ocultando olhares, sorrisos,
Expressões...
E, para minha surpresa,
Revelou-se ainda mais bela,
Mais vívida
E extraordinariamente intrigante...
E eu, cara Watson,
Sou um Sherlock
Atrás de sua história,
De seus medos e anseios.
Coletando pistas.
Decifrando seus enigmas.
Até saber como faço
Para invadir sua vida”.
Não te disse? É em sua homenagem! Até o próximo chopp...

29.5.07

Ela vem chegando...

Eu já havia escrito sobre todas as gigs que o (recentemente) batizado “Um Quarto” ou ¼ (ou “um quartinho” mesmo... rsrs) – que é formado por Kut Beck (bateria), Rodrigo Munhoz (saxes soprano e tenor), Andreas “Gringo” (guitarra) e eu (baixo) – toca na casa Rosa aos domingos. Falei de Bandalha, Aragão, Sandrinho Black, Outros Baianos, mas ainda não tinha falado da “gig-mãe”: o Zazueira.

Com o cantor, compositor e violonista Dudu Coquero à frente, o Zazueira foi a primeira gig que montamos para tocar na Casa Rosa. Na época, eu, Gringo e Kut estávamos “órfãos” da “A Família”, banda de apoio do projeto solo/pop do cantor-irmão Moyséis Marques, que havia encerrado suas operações. O Kut ainda tinha a Nataraj, que estava na ativa, mas eu e Gringo estávamos no estaleiro.

Após bate-papos intermináveis em mesas e balcões de bar da cidade, eu e Gringo resolvemos montar uma gig nova para tomar de assalto o segundo tempo da feijoada do Projeto Raízes, no qual o Guimerá – produtor e chef do feijão – já havia tentado emplacar o pessoal do O Baque, além de outras bandas, que não faziam a feijoada fluir até mais tarde. Daí nasceu o Zazueira...

Porém, o início foi pra lá tortuoso: não tínhamos “um som” para tocar. Eram apenas uma velha e enferrujada mesa de som, um power que falhava, além de uma única caixa de som. Nós tínhamos que carregar tudo, montar, operar, passar o som... Não tinha técnico. Mas a fome de música da galera era tanta que isso nem importava...

E o povo foi chegando: a cada domingo, o final da feijoada era recheado de Benjor, Djavan, Gil, entre outros mestres. E foi bombando... E a galera gostando... Mas, a fome era tanta que acabamos perdendo nosso dominguinho fixo pelos quinzenalmente alternados, pois também não estávamos nos agüentando mais... rsrsrs

Foram surgindo outras gigs por necessidade das mesmas, já que haviam perdido integrantes, e fomos sendo recrutados. Gringo invadiu os Outros Baianos. Eu invadi o Bandalha. E fomos levando todo mundo para a Rosa. Montamos com o Sandrinho, daí veio, Rodrigo, Aragão, Pacato, Mará... Virou festa... E a Rosa hoje já é nossa!

Disse tudo isso para chegar no seguinte ponto: o show com o Zazueira no domingo passado mostrou que apesar de ser a mais antiga, mais cansada, mais necessitada de cuidados, é a GIG! Botamos o público no bolso com um repertório pra lá de batido (pra gente). Foi foda ver o público cantando tudo com vontade, de peito cheio... Gastamos uma lombra (sic)...

É isso... Sem mais delongas: longa vida ao Zazueira!

22.5.07

Atenção cantores e grupos de samba!

Querem uma boa dica? O meu pai (alô Kaju!) tem feito uns sambas com um pessoal das antigas, que possuem sambas que todos nós cantamos em rodas de sambas por aí...

Um deles é o cantor e compositor Flávio Moreira, autor de um samba que, particularmente, gosto muito: quem não já ouviu aquele samba que diz “Tem de ser agora ou nunca mais...”? Este samba, se não estou enganado, foi gravado pelo Roberto Ribeiro (se estiver, me corrijam!) e eu já vi, por exemplo, a diva Luísa Dionísio acabando com a vida das pessoas com essa música...

Enfim, o Flávio criou uma página na internet para publicar seus sambas e, digo, publicar não só letras, mas os próprios arquivos em MP3... São bons sambas e, entre eles, há dois feitos em parceria com o meu pai – não vou falar quais são para não influenciar a opinião da galera...

Vejam em: http://flaviomoreira.palcomp3.com.br

Tá dado o recado!

Pills!Pills!Pills!

O relógio não pára...
O corpo se mexe...
O relógio não pára...
O pensamento vai longe...
O relógio não pára...
O copo vai à boca...
O relógio não pára...
Os olhares te seguem...
O relógio não pára...
O som fica mais alto...
O relógio não pára...
O copo, de novo...
O relógio não pára...
Os olhos, de novo...
O relógio não pára...
O olfato no perfume...
O relógio não pára...
O tato sensível...
O relógio não pára...
O suor na testa...
O relógio não pára...
Outra bebida...
O relógio não pára...
O sorriso...
O relógio não pára...
O táxi...
O relógio não pára...
O DJ brinca...
O relógio não pára...
O salão bomba...
O relógio não pára...
O sol nasce...
O relógio não pára...
O televisor fica ligado...
O relógio não pára...
Ih, parou...
Dormiu...

21.5.07

Estreei no naipe!

Não entendeu, né?!

Vou explicar: ontem, domingueira, rolou mais um sonzinho “du bom” na Casa Rosa, com os camaradas André Aragão (violão e voz), Mará (teclados e vocais) Andreas Gringo (guitarra e vocais), Rodrigo Munhoz (saxes soprano e tenor), Kut Beck (bateria e vocais) e o papai aqui no contrabaixo.

Tudo beleza... Show rolando... Pá & coisa & tal... “Neguinho Poeta” (do Bebeto)... Depois um “Telefone Tocou Novamente” (Jorge Ben)... Um Gonzaguinha “acreditando na rapaziada” (“E Vamos à Luta”)... Quando, de repente, eis que surge no meio da multidão (é força de expressão, né?! Seria “no meio da galera”): Leandro, trompetista do Sereno da Madrugada, do Sobrado 121, entre outras milhares de gigs, que sobe ao palco para dar uma canja... Aí, somado ao sax sempre afiado do Munhoz... Estreei no naipe de metais!

Sempre tive vontade de tocar com a metaleira em brasa, fazendo contra-cantos, marcando frases, enfim, dando aquele punch que só os metais dão... Ficou ducaralho! Depois virou festa: subiu Marcel (do Bandalha) e Dudu (do Zazueira) para tirar uma lasquinha também... E o Leandro, que ia dar uma canja, acabou ficando o show todo... E o mais maneiro foi que rolou um entrosamento bacana entre ele e o Munhoz... Combinando frases ali, na hora... Style...

Em tempo (1): o Leandro topou fazer outros shows com a gente...

Em tempo (2): o Mará, além de sanfoneiro e tecladista, também se arrisca no trombone...

Ui...

17.5.07

Aê!!!

Acabei de ver que o nosso querido Rio Maracatu ganhou o Prêmio Tim de melhor grupo regional!

Parabéns para os amigos Paty Oliveira, Pedrim Costa, Cachaça e Bala-Bala!!! E para toda a nação Rio Maracatu!!!

16.5.07

Os manos e a mina (+ ou -) no Caneco...

Estive ontem no Canecão para prestigiar meus camaradas João Fernando, Gabriel Azevedo, Daniel Montes, João Cavalcanti e Rafael Freire, a.k.a Casuarina, que contou ainda com o auxílio luxuoso de Alexandre Bittencourt, Nelci Pelé, Leandro Albernaz e Diego Zangado.

Deu orgulho de ver a rapaziada comandar o mais místico dos palcos cariocas. Todo músico da cidade sonha em subir naquele tablado e quebrar tudo... E foi o que eles fizeram: quebraram tudo!



O mais maneiro do show foi conferir o trabalho autoral da galera, principalmente do Gabriel, que tem uma música em parceria com o compositor Sérgio Fonseca (de “Formiga Miúda”, entre outros sambas), a que fala da “caixa de lápis-de-cor...”. Muito boa a canção...

Outro lance bacana foi o “momento crooner” do João C. e do Gabriel. Largaram os instrumentos e mandaram ver no gogó e na interpretação...

Até aí tudo beleza, pois a competência da galera já está mais do que comprovada... Porém, contudo, todavia, o que mais me impressionou foi o show que veio a seguir...

...Da Mart’nália!!! Confesso que nunca fui muito fã dela e achava até meio enganação, meio 171, pois ela não tem voz, que ainda por cima é rouca... Mas, em compensação, o suingue... O suingue da “Martinha” é foda!


Isso também, vale ressaltar, é porque a banda que a acompanha é sinistríssima, só suingueiro, com destaque para os “percussas” da Vila Isabel e para o baixistão Jorge Aílton...

Então, finalizando, um aviso, na verdade dois: o próximo CD do Casuarina promete! E quando tiver show da Mart’nália novamente na cidade, vá! Não irás se arrepender... E é bem capaz de você me encontrar por lá...

Cara ou coroa?

Hoje eu entendo...
Perder pode ser ganhar
E ganhar pode ser porra nenhuma!
Engraçado, não é?
A gente se esmera
A gente luta
Mas, num piscar de olhos,
Tudo o que se desejou,
Tudo o que se imaginou
Desce a ladeira...
Escorre pelo bueiro...
Vai por água abaixo...
Entregando os pontos?
Jamais!
É somente um novo olhar
Uma nova perspectiva...
Poderia dar certo?
Não sei...
Só sei que ignorar pecados
É difícil...
Pra burro...
E pra espertos também...
E, atualmente,
Estou mais pra besta
Do que fera...
Babando...
Fingindo-me incólume
Em relação a tudo
E a todos...
Mas, não é nada...
É só fingimento...

14.5.07

# 1

You were a child reaching out brave and true
For big thins in the next room
And I couldn't step into such open sky
Where on the crest of uncertainty you loom

I'm learning to hunt for you

Say that you'll never run too far away
Even with all the answers out there
Where it's brighter but no one will care
Half as much as I care about you

I'm learning to hunt for you

"Learning to hunt"
Guided by Voices
(Letra de Robert Pollard)
Disco: Mag Earwhig! (2000) ou trilha sonora do filme "Crime e Castigo em Suburbia"

10.5.07

Troféu "Maria Lenske" da semana vai para...

...Rachel Weisz, inglesinha do cinema que andou por Santa no Carnaval...
Salve ela!

O mais querido do Brasil!

Ainda não havia feito nenhuma citação a respeito deste assunto aqui no blog, mas, depois de ontem à noite, ficou impossível não comentar sobre a alegria de ser rubro-negro!

Ontem, ganhamos de 2 a 0 daquele timeco uruguaio, cujo nome nem ouso escrever, pois a raiva é tanta que... Deixa pra lá... Mas, enfim, perdemos. Perdemos a chance de caminhar na Copa Libertadores, deixamos de conquistar o maior título do nosso continente.

Porém, fica o registro de uma honrosa atuação da equipe, com destaque para o apoiador Renato – autor de dois belíssimos gols, dois foguetes –, para o lateral-esquerdo Juan e para o sempre excelente, o meu xará Bruno, o goleiro.

Também vale o registro da equivocada alteração feita pelo técnico Ney Franco, que tirou o “motorzinho” da equipe, o volante Paulinho, para a entrada... Para a entrada do errático Léo Lima! A mudança deixou a equipe vulnerável e sem força no meio de campo. Tirasse o Roni...

Não posso esquecer também da desastrada, para não dizer horrorosa, atuação do árbitro argentino Héctor Baldasso, que devia ser banido do quadro de árbitros da Conmebol. Deixou a catimba e a cera dos uruguaios imperarem, sem falar das botinadas, além de deixar de marcar dois pênaltis, mais claros do que água de nascente, para o Fla.



Enfim, força Mengão! Não vamos chorar sobre o leite derramado... Não perdemos ontem, perdemos na semana passada quando tomamos de três no Uruguai. Vamos com tudo para o Brasileirão na busca pela vaga na Libertadores do ano que vem! É nóis! ‘Tamo junto!

Em tempo: pela partida de ontem, deu para entender porque o futebol do Uruguai anda tão decadente...

“Ó meu Mengão!
Eu gosto de você!
Quero cantar ao mundo inteiro
A alegria de ser rubro-negro
Cante comigo, Mengão!
Acima de tudo rubro-negro!”
(Da maior e mais bonita torcida do Brasil, quiçá do mundo, ou melhor, do
planeta!)




8.5.07

Self Inflicted Aerial Nostalgia

Voltei a ouvir rock!
Rock dos meus tempos!
Tempos de calça rasgada, tênis furado, cabelo pintado e skate debaixo do braço...
Gravar fitinhas K7 para ouvir dando um rolé de carrinho pelas ruas do Rio...
Arpex...
Sem nenhuma responsa...
Dar um pulo na Spider e ver os últimos lançamentos...
Namorando as capas dos CDs...
Sem um puto no bolso...
Êta, nostalgia que não sai de mim...
Se quiseres...


The Afghan Whigs - "Gentlemen" (1993)











Guided by Voices - "Bee Thousand" (1994)









Grant Lee Buffalo - "Might Joe Moon" (1994)












Swervedriver - "Mezcal Head" (1993)











American Music Club - "Mercury" (1993)












Sebadoh - "Bakesale" (1994)









Buffalo Tom - "Big Red Letter Day" (1994)













Teenage Fanclub - "Bandwagonesque" (1991)







Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite...

Era um sábado.
Saí de casa apressado.
Tava louco atrás dela.
Insano mesmo.
Não podia perder essa chance.
Era o tiro de misericórdia.
O “agora ou nunca mais”.
Passei no bar.
Tomei um trago.
Comprei cigarro.
E isqueiro.
Estiquei o braço.
Entrei no primeiro táxi.
“Lapa, por favor”.
Fomos sem dar um pio.
Eu e o piloto.
Notou meu nervosismo.
Lagoa.
Rebouças.
Rio Comprido.
Estácio.
Enfim, Lapa.
Desci.
22 pratas.
Olhei em volta.
E era gente pelo ladrão.
Bateu uma sede.
Pedi uma do pescoço longo.
Não tinha.
Fui de latão.
Matei em segundos.
Realmente tava com sede.
Lancei outro.
E fui para o meu destino.
Quem sabe?
Belo ziriguidum.
Belos espécimes.
Samba.
Suingue.
E carnaval.
Se vão algumas brejas.
Perco o foco.
Mas acerto numa pele morena.
Riscamos o tapete.
Suavemente.
Tête-à-tête.
Cheek to cheek.
Ouço sua respiração.
Que ofega.
Sua amiga me é oferecida.
Recuso.
Termina a canção.
Termina a dança.
Termina a festa.
Volto ao foco.
Desespero-me.
Resolvo pagar a conta.
Mas, antes, mais uma breja.
Olho em volta.
O cenário é o caos.
A mente tá um caos.
Metilenodioxidometaanfetamina.
Tento pagar a conta.
Primeiro, não acho o cartão.
Depois, o cartão não passa.
Discuto com a atendente.
Não escuto o que ela diz.
Só vejo sua boca mexer.
Um segurança me encara.
Rio.
Pago em cash mesmo.
Saio à francesa.
Acendo um cigarro.
E ando.
Ando.
Cinelândia.
“Express Yourself” é o som.
Charles Watts and 108th Street Band.
Sorrio para as transeuntes.
Choro ao ver o portão fechado.
Era a entrada para o paraíso.
Ou para o inferno.
Um anjo me guia.
Mas, pro inferno.
Encontro amigos.
Encontro outras pessoas.
Menos ela.
Toda a expectativa se esfarela.
Um inferno.
Uma diaba me tenta.
Me sufoca.
Me finjo de morto.
A carne fraqueja.
Mas resisto.
Acendem as luzes.
Rola um “Strangers in the night”.
Dou um pra acalmar.
Dois pra esquecer.
Esquecer da morena.
Esquecer da diaba.
Esquecer de você.
Apaguei esse sábado.

3.5.07

Não falo nada...


Como diz o Ancelmo Góis: "não é nada, não é nada... Não é nada"!

Em tempo: show de samba, suingue e carnaval
de Moyséis "Smeggman" Marques
no Odisséia antes...
Ê, ê...

Sandrinho Black e o tal Quarteto Fantástico...

...mais um show na Casa Rosa e, mais uma vez, foi bom demais!

Desta vez com o Sandrinho Black - da banda Tom do Rio -, comigo, no baixo; Gringo, na guitarra e no violão; Rodrigo Munhoz, no sax; e Mrcos César "Coruja", na batera; e eis o tal Quarteto... A participação especial foi do Mario Broder, vocal do Farofa Carioca...

Voilà aos destaques:

* O Sandrinho é um excelente "mestre-de-cerimônias": botou o público no bolso e conduziu maravilhosamente o show...
* O Coruja na batera deu um suingue de black music totalmente excelente à gig...
* Já o Munhoz esbanjou classe e bom gosto nos solos...
* Eu e Gringão no entrosamento de sempre...
* Mario Broder: pela única música não-suingada do show... Fizemos uma versão na hora que ficou muito boa...
* E a Casa Rosa: linda como sempre... O engraçado, para não dizer curioso, é que nunca sobra nada pro papai aqui...

Em tempo: não vi a loirinha da água...

4 a.m.

Por que a gente fica assim?
Tipo... Sei lá...
Ainda estou tentando entender...
É... É complexo...
Assim, meio imóvel,
Perplexo
Diante da própria mente
Que não sabe o que sente
Quer matar,
Quer morrer,
Estrangular
Até sufocar
O próprio coração,
Que, entre o sim
E o não,
Escolheu viver
Pra você...
Até o fim...
Ou, quem sabe,
Até a próxima manhã...
E volto,
Numa tentativa vã,
A procurar entender...
O que será?
Será uma linha tênue
Entre o pensamento
E o desejo?
Vai saber...
Ou será pura contemplação
Da beleza do ser?
Sei, não...
Não gosto do que vejo
No espelho...
Já são 4 da matina
Eis que surge num lampejo:
Estou de joelhos...
Estou de joelhos...